sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vídeo: Pedagogia do Blog

Software Social

De uma maneira geral, um meio que promova a colaboração, a formação, o apoio e a interacção em grupo pode denominar-se software social.

O potencial educacional destas ferramentas é sugerido por Lefevre, que afirma que o software social liga as pessoas para o trabalho interior e para os pensamentos, sentimentos e opiniões de cada uma delas.

Já para Boyd existem três tipos de suporte de interacção fornecido pelo software social: o suporte para interacção convencional entre indivíduos ou grupos (a partir de mensagens instantâneas e em tempo real para trabalho de equipa colaborativo e assíncrono, incluindo blogs); o suporte para feedback social (no qual um grupo, ao avaliar o contributo de outros, produz uma reputação digital para participantes) e o suporte para as redes sociais criarem e gerirem as relações pessoais dos seus utilizadores.

O software social “acentua a importância da interacção interpessoal em grupos que estão dedicados à aprendizagem e ensino” (Fahy, 2008: 20), estimulando, nestes contextos, uma aprendizagem colaborativa e orientada para a comunidade, que se baseia na participação e associação voluntárias. Os membros filiam-se em grupos de aprendizagem mais por interesses pessoais do que pela procura de certificação, o que faz com que estes se baseiem na confiança e sejam geridos de forma democrática.

Para Anderson (2005), o software social define-se pelas actividades que suporta (como a oferta de apoio personalizado e de orientação na aprendizagem) e pelas suas potencialidades (como as combinações de actividades em blogs e a discussão, a partilha e a gestão de ficheiros de grupo).

Os “serviços de Instant Messaging, IRC, fóruns de Internet, blogs, wikis, serviços de rede social, redes sociais ponto-a-ponto, jogos em rede multi-jogador, sites de presença virtual, e até aplicações de compras sociais” (Fahy, 2008: 21) são exemplos de software social.

No entanto e embora sejam reconhecidas as suas vantagens e popularidade, este tem os seus críticos: Dvorak, citado por Fahy (2008), considera que as experiências de imersão virtual são uma perda de tempo e o até o Second Life já foi denominado de “sem lei”. As próprias redes sociais parecem perder valor com o aumento da adesão, o que leva Costa (2007) à conclusão de que a exclusividade e a não-acessibilidade constituem um valor de rede social online. Existem igualmente indícios de que a participação em ambientes virtuais resulta numa experiência de curta duração para muitos dos seus utilizadores, como comprovou Dalton ao analisar que uma grande parte dos blogs criados em 2007 foram abandonados nos três meses subsequentes à sua criação.

Em suma e na minha opinião, podemos concluir que o software social é um poderoso recurso, na medida em que atribui uma nova dimensão à aprendizagem, baseada, desta feita, na partilha e na actualidade.

Bibliografia:
Patrick J. Fahy (2008). As características dos meios de aprendizagem interactiva online. Athabasca University

Os Media na Formação à Distância

A principal função dos meios de comunicação, segundo Santoro, Borges e Santos (2004), consiste na coordenação, cooperação e co-construção. Nesse sentido, o sucesso individual dos participantes nas comunidades de aprendizagem depende do eficaz uso desses meios, bem como dos recursos técnicos disponíveis e da liderança exercida pelo professor-moderador, que avalia as capacidades do aluno e as suas necessidades de aprendizagem e grau de autonomia, havendo quase como que uma adaptação personalizada da aprendizagem online ao aluno.

Por sua vez, o próprio aluno colabora, nos seus termos, com a comunidade, havendo uma interacção. Assim, a comunidade torna-se não apenas num lugar, mas num processo no qual a interacção social estruturada e sistemática, que utiliza meios de comunicação, é dotada de uma aprendizagem de qualidade.

Se na aprendizagem tradicional o aluno é bastante passivo, na aprendizagem online é esperado que o aluno tenha um elevado grau de controlo e autonomia, dispondo, para o efeito, de formas diferentes e de várias ferramentas de interacção - incluindo um professor para apoio - ajustadas às suas necessidades e preferências de aprendizagem individualizada.

Estudos comprovam que há certas características individuais mais propícias ao sucesso da aprendizagem online: alunos habituados ao modelo tradicional de aprendizagem tendem a ter menos sucesso e menor satisfação com a aprendizagem online e os alunos com menos qualificações tendem a beneficiar menos do método à distância do que os alunos com mais qualificações, o que indicia a importância da maturidade e a necessidade de um professor-moderador com uma postura mais cooperante e vigilante.

No que toca à adequação ao ensino online, os indivíduos diferem entre si, não tendo, à semelhança do que acontece no modelo tradicional, a mesma capacidade de autonomia no seu processo de aprendizagem.

O diálogo esbate o isolamento - reduzindo a distância transaccional - e a interacção constitui uma importante forma de colaboração entre os membros do grupo que deve ser fortemente explorada. Para a fomentar, uma das principais funções do moderador é garantir uma estrutura dialogante e uma forte presença no ensino, importante indicador de liderança e factor necessário à interacção, colaboração e aprendizagem.

Estudos confirmam que o sucesso do processo de aprendizagem online depende mais do uso que o aluno faz dos meios de comunicação de que dispõe do que propriamente dos esforços que o professor-moderador leva a cabo. Também é mais relevante a experiência do professor com a tecnologia do que a sua experiência de ensino, já que é a tecnologia o instrumento essencial de passagem de conhecimento.

Importa, assim, que os alunos online disponham dos meios e recursos adequados, apoiados por professores tecnologicamente competentes.

Resumindo e a meu ver, os media desempenham um importante papel na formação à distância uma vez que constituem o veículo de interacção entre alunos e professores nas comunidades online, dotando-as de uma aprendizagem de qualidade. No entanto, é importante não esquecer que o sucesso de cada aluno está relacionado com o uso - que se pretende eficaz - que o mesmo faz desses meios.

Bibliografia:
Patrick J. Fahy (2008). As características dos meios de aprendizagem interactiva online. Athabasca University

PowerPoint: Blog na Educação

domingo, 8 de maio de 2011

Educação e Internet

Este é o meu blog da unidade curricular de Educação e Internet da Universidade Aberta.

Sejam bem-vindos!